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Regulagem da Injeção Eletrônica II

Em 2009 eu publiquei no blog da Akikar (https://akikar.blogspot.com/) um texto para tentar explicar que na injeção eletrônica "não havia uma regulagem de marcha lenta". O objetivo foi entender a diferença conceitual entre os sistemas com injeção eletrônica e os carburados. Pois naquele tempo, os carburadores ainda rondavam as oficinas e principalemnte as lembranças das pessoas e era comum na oficina a solicitação de uma regulagem; até porque os sistemas tinham no Corpo de Borboleta (TBI, do inglês "Throttle Body Injection"), um parafuso que servia de batente para o fim de curso da lamina da borboleta em seu fechamento. A modificação desse parafuso permitia controlar uma entrada de ar adicional ao motor, o que fazia alterar a marcha lenta. Mas será que esse procedimento de fato regulava a marcha lenta? E atualmente, será que ainda existe a possibilidade de "regular" um parafuso?


Alterar aquele parafuso não regulava a marcha lenta, ao contrário desregulava, já que se tratava de uma regulagem de fábrica que permitia a calibração da injeção eletrônica no regime de marcha lenta, pois o software de controle da injeção tinha como referência uma quantidade de ar inical que entraria pela borboleta apartir da posição de batente naquele parafuso; na maioria dos modelos a quantidade de ar que poderia entrar pela lamina da borboleta é praticamente zero. Com essa referência era possível o software calcular e fazer mudanças na posição do atuador da marcha lenta e garantir a rotação esperada para a marcha lenta. Se havia irregularidade na rotação de marcha lenta era proveniente de componente falhando ou ainda alguma passagem de ar não desejada, o famoso "ar falso".


O uso dos verbos conjugados no passado para descrever esse sistema, é mera facilitada textual para separar aquela geração da Injeção Eletrônica da geração atual, pois ainda existem muitos carros rodando com o seu parafuso batente garantido a marcha lenta do motor, seja porque foi alterado ou porque ainda mantém sua posição de "nascença" e todos os componentes funcionam bem. Já os sistemas da geração atual, mais modernos, não permitem mais essa regulagem de parafuso batente, simplesmente porque não tem mais o parafuso, também não tem cabo de acelerador e nem aturador de macha lenta.


Atualmente os sistemas de injeção usam um TBI motorizado. É um sistema que tem um motor elétrico para fazer a movimentação da lamina da borboleta. Não tem mais cabo de acelerador. No pedal do acelerador tem um sensor (PPS, do inglês "Pedal Position Sensor") que vai informar ao software da injeção eletrônica o quando o motorista esta acelerando; então um sinal PWM é enviado ao motor do TBI que coloca a lamina da borboleta na posição correspondente. Dois sensores (TPS, do inglês "Throttle Position Sensor"), localizados no TBI informam a posição da lamina da borboleta para o software que pode então fazer a correção em malha fechada e gerenciar possíveis erros, garantindo que a borboleta vai permitir a entrada de ar suficiente para atender a solicitação de torque do motorista e a rotação da marcha lenta.


Como esse sistema não tem cabo de acelerador, em caso de defeito que impossibilite a aceleração, uma mola que atua no eixo que contém a lâmina da borboleta vai obrigar a lâmina a ficar em uma posição que permita uma entrada de ar, garantidno a marcha lenta e a condução do veículo em baixissima velocidade; o que vai permitir tirar o veículo de uma situação indesejada na via ou até chegar em uma oficina ou sua garagem.


Concluindo, atualmente é impossivel fazer uma regulagem da marcha lenta através do reposicionamento de parafusos ou batentes. O que é permitido e as vezes é chamado de regulagem, é uma espécie de reset dos parametros de funcionamento do software, para paramentros de fábrica.


O que acontece é que durante o funcionamento do motor, alguns valores iniciais importantes vão sendo alterados e manipulados pelo software e passam a ser usados como parametros iniciais, para melhorar a performance, corrigir possíveis falhas, ou reduzir a emissão de poluentes. Esses valores estão em um mapa que vai sendo ampliado durante o funcionamento do motor e pode, através de escâner, que é uma ferrramenta profissional do mecânico, ser reposicionado para os valores iniciais estabelecidos na fabrica, o que não é propriamente uma regulagem.


Existem alguns sistemas que permitem um remapeamento desses valores iniciais, aproximando-se mais a uma regulagem, tema para os próximos posts.



Em tempo, neste post se faz referência a um software de controle. Esse software está gravado em processador dentro do modulo ou unidade de controle da injeção eletrônica (ECU, do inglês "Engine Control Unit"), sendo comum se referir a esse software como módulo, ECU, calculador ou unidade de controle.









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